Modelos de negócio digitais podem aumentar em quase 4% a receita anual dos bancos

Através da adoção de modelos de negócios inovadores e exclusivamente digitais, os bancos têm a oportunidade de alcançar uma receita adicional de 518 mil milhões de dólares até 2025.

Lisboa, 23 de fevereiro de 2022 – Os bancos tradicionais poderão aumentar as suas receitas em quase 4% por ano se repensarem os seus modelos de negócio e abraçarem estratégias inovadoras de novos players no setor financeiro, exclusivamente digitais. De acordo com o novo estudo da Accenture, esta transformação representará 518 mil milhões de dólares em 2025.

O relatório ‘The Future of Banking: está na hora de uma mudança de perspetiva’ analisa os modelos de negócio de quase 100 dos principais bancos tradicionais e de mais de 200 players unicamente digitais em 11 países na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico e América Latina, e o papel que desempenham na cadeia de valor bancária. O estudo da Accenture identifica dois modelos de negócio comuns:

Muitos dos principais bancos analisados ​​no relatório possuem modelos de negócio verticalmente integrados. No entanto, o estudo concluiu que aqueles que desagregam os seus produtos tradicionais e fazem parcerias com terceiros para criar e distribuir novas ofertas personalizadas podem atingir um crescimento acelerado e avaliações de mercado mais altas. Em particular, ao sobrepor modelos de negócio não lineares ao modelo tradicional verticalmente integrado, os bancos poderão aumentar as suas taxas de crescimento anuais em aproximadamente 4%, o que resultaria em 518 mil milhões de dólares em receitas adicionais totais até 2025.

Superficialmente, o setor bancário parece saudável, com grandes bancos a divulgarem receitas e lucros robustos”, afirma Luís Pedro Duarte, Vice-presidente da Accenture Portugal, responsável pela área de Serviços Financeiros. “Mas um olhar mais atento revela que a combinação de baixas taxas de juro, decréscimo nas comissões resultante do aumento da concorrência e ofertas de produtos indiferenciados, está lentamente a reduzir a participação dos bancos no produto interno bruto. E em muitos mercados, as receitas bancárias e de pagamentos estão a transitar dos operadores históricos para os novos operadores. Para recuperar o crescimento, os bancos tradicionais precisam de reimaginar a forma como criam e fornecem produtos relevantes que vão ao encontro dos objetivos dos clientes. Isso exigirá repensar os seus modelos de negócio verticalmente integrados. ”

O relatório da Accenture observa que, entre 2018 e 2020, players (e.g. bancos e fintechs) exclusivamente digitais tiveram um desempenho significativamente melhor do que os bancos tradicionais. Mas aqueles que adotaram modelos de negócios não lineares alcançaram uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 76% de receita, enquanto que os intervenientes digitais que emularam modelos tradicionais integrados verticalmente, alcançaram uma CAGR de 44%. Os bancos tradicionais, mesmo nos mercados maduros e de melhor desempenho, aumentaram a receita a uma taxa média de menos de 2% ao ano – apesar de partirem de uma base muito maior.

O relatório inclui a apresentação de estratégias através das quais os bancos tradicionais podem alavancar os seus pontos fortes – balanço, experiência em gestão de risco e conhecimento regulatório – para aumentarem a flexibilidade do seu modelo de negócio e se diferenciarem da concorrência. Especificamente, os bancos devem considerar a adoção de um modelo ou uma combinação dos seguintes modelos:

Ser digital já não é um fator diferenciador”, afirma Luís Pedro Duarte, “Para conseguirem crescer, os bancos tradicionais precisam de ir além de ‘serem as melhores versões digitais de si mesmos’ e passar a operar vários modelos de negócios simultaneamente. Isso exigirá que mudem a sua perspetiva e passem a considerar modelos adaptativos centrados no cliente que colocam a inovação do produto, distribuição integrada, propósito e sustentabilidade, em primeiro lugar.

Uma ideia central à forma como encaramos esta mudança é que há um novo papel para os bancos que quiserem agarrar este desafio: ser um arquiteto de valor. E esta é uma oportunidade que tem tanto de potencial como de entusiasmante. Tanto de crescimento de negócio como de reinvenção do seu papel na indústria, para os seus clientes e para os seus parceiros.

Os bancos podem escolher continuar a inovar ao seu ritmo atual ou acelerar e adotar uma abordagem de reação rápida, de posicionamento líder na transformação dos modelos de negócio – mas não se podem dar ao luxo de permanecer estagnados”.

Consulte aqui o relatório completo.

Sobre a Accenture

Accenture é uma organização global de serviços profissionais, líder em capacidades digitais, cloud e security. Combinando uma experiência sem paralelo com uma forte especialização em mais de 40 setores de atividade, oferece uma ampla gama de serviços em estratégia e consultoria, interactive, tecnologia e operações, suportada pela maior rede mundial de centros de tecnologias avançadas e operações inteligentes. Os 674 mil profissionais da Accenture cumprem a promessa da tecnologia e da criatividade humana todos os dias ao servir clientes em mais de 120 países, utilizando o poder da mudança para criar valor e partilhar sucesso com clientes, colaboradores, acionistas, parceiros e sociedade. Visite-nos em www.accenture.pt

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