O ano de 2021 irá definir o século XXI, de acordo com novo estudo da Accenture

O relatório Fjord Trends 2021 revela que as novas formas de viver, trabalhar e aceder a entretenimento que marcaram 2020 deram origem a sete tendências emergentes que vão definir os negócios, o comportamento do consumidor e a sociedade.

Lisboa, 11 de fevereiro de 2021: O novo estudo da Accenture, intitulado “Fjord Trends 2021” indica que a readaptação comportamental, fruto da COVID-19, desencadeou uma onda de inovação em diversas áreas, cujo impacto nos negócios, consumidores e sociedade perdurará nas próximas décadas.


Fjord Trends 2021” - o décimo quarto de uma série de estudos anuais desenvolvidos pela rede global de designers e criativos da Accenture Interactive –, ressalva que as organizações terão novas oportunidades à medida que adotarem novas estratégias, serviços e experiências para ir ao encontro das necessidades dos consumidores.

Seguindo a História da Humanidade, podemos afirmar que após uma crise global, inicia-se uma nova era de pensamento” refere Mark Curtis, responsável global por Inovação, na Accenture Interactive. “Ao olharmos para o futuro, deparamo-nos com um potencial de novos mundos diante de nós. Alguns são assustadores, outros emocionantes e todos eles são amplamente inexplorados. O que fizermos agora definirá o resto do século. As empresas têm permissão e espaço para pensar e fazer diferente.

O relatório anual conclui que a pandemia trouxe uma realidade de caos e tragédia, mas também de clareza e surpresas, destacando o que é importante para as pessoas e inspirando o espírito comunitário e a inovação em casa. Como resultado, surgiu um novo conjunto de desafios para as empresas: como responder às perspetivas operacionais e de comunicação; como corresponder às expectativas em constante mudança dos consumidores; e como expandir a sua empatia – estratégias que terão de implementar enquanto lutam pela sobrevivência numa economia precária.
Neste sentido, e de modo a facultar conselhos práticos, o relatório Fjord Trends 2021 avalia sete tendências emergentes que irão definir os negócios, o comportamento do consumidor e a sociedade:

1. Collective displacement: durante 2020 as pessoas alteraram a forma e o local onde vivenciaram as suas experiências, dando início a uma sensação comum de desapego. Hoje, as pessoas procuram novas maneiras e lugares para fazer as coisas que precisam e de que gostam. A forma como trabalhamos, compramos, aprendemos, socializamos e cuidamos da saúde mudou para muitos de nós, e as marcas precisam de encontrar novos caminhos e oferecer novas experiências para interagir com os seus clientes.

2. Do it yourself innovation: a inovação está a ser cada vez mais impulsionada pelo talento das pessoas que pretendem criar novas maneiras, ou "truques", para lidar com os seus desafios, desde o colaborador em teletrabalho que passou a usar a sua tábua de passar a ferro como uma secretária, até ao que passou a ser um pai-professor. A tecnologia desempenha um novo papel - facilitadora do engenho humano - e, como resultado, a criatividade aumentou. Vários políticos e personal trainers utilizaram plataformas, como o TikTok e vídeo-jogos, para comunicarem com as suas audiências e divulgarem mensagens importantes. Todos querem soluções melhores, mas a era em que se esperava que uma marca criasse uma solução final está a transformar-se numa era em que as marcas criam as condições para a inovação pessoal.

3. Sweet teams are made of this: as pessoas que trabalham remotamente vivem agora no escritório, o que está a ter um enorme efeito no acordo recíproco entre a empresa e o colaborador e as muitas suposições em torno dele – como, por exemplo, quem tem a palavra final sobre o que as pessoas usam para uma videochamada profissional nas suas próprias casas, ou identificar de quem é a responsabilidade de manter o direito dos colaboradores à privacidade. Mesmo com a promessa de vacinação generalizada no horizonte, ocorreu uma mudança permanente na relação entre as pessoas e o seu trabalho e entre os empregadores e as suas equipas. O futuro não terá uma solução única para todos – pode-se esperar muitos protótipos no mundo do trabalho.

4. Interaction wanderlust: as pessoas estão a dispender muito mais tempo a interagir com o mundo através de ecrãs e, como resultado, notaram uma certa uniformidade causada pelo design similar nas experiências digitais. As organizações devem reconsiderar o design, o conteúdo, o público e a interação entre eles para apresentar uma maior emoção, alegria e surpresa nas experiências conseguidas através do uso do ecrã.

5. Liquid infrastructure: a forma como as pessoas adquirem produtos e se envolvem com os serviços mudou. As organizações tiveram de repensar a cadeia de abastecimento e o uso de todos os seus ativos físicos e focar nos pontos de satisfação - como a gratificação imediata que muitos consideravam natural em loja nos últimos momentos antes da compra. Isso exige que as empresas criem agilidade e resiliência em toda a organização para que possam adaptar-se rapidamente às mudanças. Teremos mais alterações, muitas delas impulsionadas pela sustentabilidade.

6. Empathy challenge: as pessoas preocupam-se profundamente com o que as marcas representam e como expressam os seus valores. A pandemia evidenciou muitos temas frágeis em todo o mundo - desde o acesso à saúde até à igualdade. Como resultado, as empresas devem trabalhar mais para construir o storytelling que molda as suas marcas, priorizando os assuntos que mais importam para as mesmas e construindo os seus comportamentos em torno desses mesmos assuntos.

7. Rituals lost and found: O cancelamento e a interrupção de alguns rituais - como a celebração do nascimento até à despedida na morte e tudo mais - tiveram um impacto significativo no bem-estar coletivo. Esta tendência apresenta-nos uma das principais oportunidades que as empresas têm atualmente, que é a de ajudar as pessoas na procura de um significado através de novos rituais que lhes tragam alegria e conforto. Começa com a compreensão do espaço em branco deixado pelo ritual perdido e com o pensamento sobre o que pode ocupar no seu lugar.

Ricardo Monteiro, Fjord Lead, em Portugal assume que “a inovação não começa com tecnologia mas, como vimos neste último ano, pode ser uma ferramenta poderosa que nos ajuda a cumprir com a promessa da criatividade humana - mesmo fora do caos”. Pedro Pombo, Managing Director na Accenture Portugal, responsável pela área de Interactive prevê que o próximo ano deverá ser marcado pela esperança. “Temos testemunhado e sido parte integrante em grandes mudanças na nossa sociedade. Estas tendências representam um modelo de como pensamos e o que faremos a seguir - o que levamos connosco e o que deixaremos para trás. Podemos fazer mais e as pessoas merecem melhor.

Todos os anos, a Accenture Interactive antecipa as tendências dos negócios, da tecnologia e do design para o próximo ano, através da sua rede global de design, composta por mais de 2.000 criativos, em mais de 40 localizações por todo o mundo. As Fjord Trends 2021 estão focadas em como as pessoas, organizações e marcas estão a responder às necessidades humanas. Para ler o relatório, visite: accenture.com/fjordtrends21 ou o Twitter através #FjordTrends.

Sobre a Accenture
Accenture é uma organização global de serviços profissionais, líder em capacidades digitais, cloud e security. Combinando uma experiência sem paralelo com uma forte especialização em mais de 40 setores de atividade, oferece uma ampla gama de serviços em estratégia e consultoria, interactive, tecnologia e operações, suportada pela maior rede mundial de centros de tecnologias avançadas e operações inteligentes. Os 569 mil profissionais da Accenture cumprem a promessa da tecnologia e da criatividade humana todos os dias ao servir clientes em mais de 120 países, utilizando o poder da mudança para criar valor e partilhar sucesso com clientes, colaboradores, acionistas, parceiros e sociedade. Visite-nos em www.accenture.pt/

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