Building construction growth

Lisboa, 19 de outubro de 2018 – O que visualiza quando pensa em construção? Tijolos e argamassa? Maquinaria pesada e capacetes de proteção? Isso era a indústria de construção de ontem. Os alicerces de construção de um mundo digital são, não surpreendentemente, digitais. No entanto, numa indústria de US$10 mil biliões que ameaça ser “destruída” por novos participantes digitais, muitas das grandes empresas de construção ainda não fizeram a transição para o digital como “pilar” do seu negócio.

Empresas que integrem atualmente as tecnologias digitais nos seus negócios podem aumentar o crescimento do seu EBIDTA (Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization) dos típicos 5 a 7% para 8 a 12% em 2020. “Fazer a transição para um modelo digital é fundamental para a subsistência destas empresas no futuro, num panorama em que as casas conectadas, as fábricas e escritórios inteligentes e os consumidores que exigem uma construção sustentável (e ao preço certo) se tornam predominantes”, afirma Pedro Galhardas, Managing Director responsável pela Accenture Strategy em Portugal.

Sem a implementação das tecnologias digitais, os grandes players da indústria da construção poderão perder consumidores para players digitais mais ágeis, uma vez que, atualmente, também os consumidores integraram o digital nas suas “necessidades”. O consumidor trouxe para a construção as expectativas de outras áreas: mais de metade dos consumidores procuram casas inteligentes. Não pedem apenas um edifício apelativo e climatizado. Em vez disso, procuram infraestruturas que se preocupem com a sua segurança, que ofereçam informação em tempo real, orientação e entretenimento e que não só controlem as emissões geradas, mas que também sejam uma fonte de energia renovável.

Para além das casas, também outras infraestruturas começam a reinventar-se: aeroportos ou estradas conectadas estão a tornar-se uma realidade. Um exemplo é a VINCI’s Eurovia, que criou a ‘Power Road’. “Esta é uma estrada que produz energia térmica captada pela radiação solar. Esta energia pode ser transferida para os edifícios ou infraestruturas próximas através de uma bomba térmica. Os proprietários dos edifícios e os aeroportos podem não só usar esta energia como fonte de abastecimento, mas é também uma forma mais fácil de ter estradas e parques de estacionamento livres de gelo e neve”, afirma Pedro Galhardas. “Para tornar qualquer um destes serviços uma realidade, é necessária uma infraestrutura digital. No entanto, para que as empresas de construção consigam oferecer estas infraestruturas, elas próprias precisam de se tornar organizações digitais”.

Os sites de construção como fábricas conectadas

Um site capacitado digitalmente permite que o local de construção seja tão produtivo como uma fábrica conectada. A análise da Accenture Strategy identificou 20 iniciativas de digitalização que podem desbloquear mais 50% do EBITDA de uma construtora em 2020. Entre 50 a 70% dos benefícios que estas tecnologias digitais desbloqueiam relacionam-se com sites de construção conectados. Algumas empresas de construção já começaram a tomar iniciativas quanto a sites conectados e já veem um impacto de 15 a 30%.

Como é um site de construção conectado?

“As tecnologias digitais ajudam a uma melhor gestão do local da obra e podem também pô-lo em funcionamento mais rapidamente do que com métodos tradicionais. Utilizando a topografia de terreno típica, é normal demorar-se entre duas a três semanas para documentar completamente um local de uma dimensão de aproximadamente 24 hectares. No entanto, com a utilização de drones para recolher esses mesmos dados, fazer o mapeamento de um site poderá levar quatro dias ou menos”, explica o Strategy Lead da Accenture Portugal.

A nova realeza da construção

Hoje em dia, a indústria já não se rege pelas regras dos gigantes da construção. No ambiente digital atual, os players de nicho têm poder. Nenhuma grande empresa de construção consegue acomodar o know-how digital e talento requeridos para cobrir todos os aspetos dos edifícios conectados, casas inteligentes e locais que operam com as mais recentes tecnologias de inteligência artificial e automação. “As empresas que se queiram manter como líderes deverão começar agora a formar um ecossistema de players de nicho especializados em produtos e serviços digitais que entreguem aos consumidores o que estes procuram na construção”, afirma Pedro Galhardas.

As startups especializam-se em colaborações no local de construção, design software, plataformas de aluguer de equipamento online, smart walls, robots personalizados, entre outros. Com programas de aceleração a surgirem internacionalmente - como a Dreamit UrbanTech, que investe em startups especializadas em smart cities e em tecnologia de construção - os gigantes da indústria vão fazer parcerias para ganharem digital expertise (em vez de tentar contratá-lo).

Enquadramento para o sucesso no futuro

De forma a utilizarem as tecnologias digitais como forma de crescimento, para aumentar a produtividade e inovar (sem nunca esquecer as necessidades crescentes do consumidor por edifícios conectados), as empresas devem ter em consideração alguns primeiros passos:

A Accenture é uma organização global líder em serviços profissionais que oferece uma ampla gama de serviços em estratégia e consultoria, interactive, tecnologia e operações, com capacidades digitais em todos esses serviços. Combina a sua experiência ímpar com uma forte especialização em mais de 40 indústrias suportada pela maior rede mundial de centros de Advanced Technology e Intelligent Operations. Com 506 mil profissionais a servir clientes em mais de 120 países, a Accenture utiliza a inovação contínua para ajudar os clientes a melhorar o seu desempenho e a criar valor acrescentado em todos os seus negócios.
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